Lênin
Não era necessariamente alguém, era o gato que estava na sacada da janela, e de algum jeito, havia chegado lá sem fazer nenhum barulho. O coração de Mariela disparou quando viu aquelas duas únicas luzes brilhando na escuridão, os olhos do gato. Conteve um grito, não havia reparado como as pernas dela estavam bambas e como apertava o medalhão com força.
Passado o susto e com as pernas da menina parecendo fazer parte dela novamente, Lênin ainda estava na janela, parado, olhando, não para a menina, mas sim, pra o que ela tinha na mão.
Desde a ida na casa abandonada o gato não havia demonstrado nada de anormal, ao contrário, até parecia evitá-las, principalmente quando Jolie estava perto, o que agora era constante. Não que ela fizesse questão da presença do gato, mas antes, ele sempre dava um jeito de ficar por perto, a situação era no mínimo estranha. E agora ele estava lá. Percebeu o que já sabia, não era Mariela a quem ele evitava, mas sim, Jolie. Queria chegar perto quando a amiga não estivesse por perto, certamente àquela era a hora. Mariela tinha a sensação que o gato, se ele pensar, estaria pensando a mesma coisa que ela. Teve certeza logo depois.
Lênin se jogou direto no chão, caindo como uma pluma. Mariela foi até a janela pra ver aonde o gato ia, mas ele ainda estava lá, no chão, olhando para cima, os olhos dele davam diretamente na menina, parecia chamá-la, ao menos, foi o que ela entendeu. Ainda ficou parada para ver se o gato se movia, mas ele nada fez, parecia esperar, esperar Mariela.
A menina entrou no quarto e as pernas dela começaram a tremer de novo, de medo, mas era pura ansiedade. Não estava acreditando que ia realmente fazer aquilo, mas ia. Calçou rapidamente o chinelo de dedo que estava em baixo da cama dela e vestiu o casaco jeans que ganhou da avó no aniversário do ano passado, desceu sem fazer barulho para não acordar o avô.
Quando desceu, Lênin ainda estava no mesmo lugar, mas sem olhar para cima. Ela abriu a porta e fechou cuidadosamente, depois foi até o gato. Ele saiu em direção à rua mal iluminada, olhando para traz apenas uma vez para se certificar que ela ia seguindo-o. Mariela agora, já com frio e arrependida, pensava em como seria bom ter uma arma. Veio um vento congelante, ela se agarrou ao casaco, prestando atenção para não perder Lênin de vista e com o medalhão ainda na mão.
4 de maio de 2009 às 10:28
é um livro? essa historia é parte de um livro?
4 de maio de 2009 às 10:47
Oiie passando só pra desejar uma boa semana!
beijos
4 de maio de 2009 às 13:36
Lindo, lindo!
Ainda quero acompanhar tudo!
Beijo ;*
4 de maio de 2009 às 19:38
olha... layout novo... que tudo... adorei...
***
4 de maio de 2009 às 20:31
é um livro? essa historia é parte de um livro? (2)
4 de maio de 2009 às 20:41
bgd pelo comentário no meu blog. eu adorei o seu, de verdade :)
a história é um suspense? e que livro é esse?
vou seguir seu blog, se quiser faça o mesmo com o meu ;D
:*
4 de maio de 2009 às 21:06
que lindo isso aqui é *_*
e ah, eu tô seguindo vcs :*
5 de maio de 2009 às 08:18
é um livro sim!
sou eu quem escreve...se quiser acompanhar todo, é só clicar na foto do lado onde tem a imgem da capa
5 de maio de 2009 às 10:07
Vontade de ler mais... Sem parar!
Beijos e borboleteios
5 de maio de 2009 às 10:14
ai que triste,mas tô gostando!
sobre o nome do blog: é devido ao meu excesso de sensibilidade.E a porcelana é algo frágil do ponto de vista do impacto.
Um beijo
11 de maio de 2009 às 23:24
E o mistério começa...
O que os três personagens tem em comum: o gato que parece saber mais do deveria (e nota, não usa botas), uma evangélica que canta opera a noite (e talvez use coisas ilegais para dar um barato) e uma amiga que está sempre por perto que sabe algo sobre certo cordão...
Hua, kkk, ha, ha, desculpa se peguei pesado.
Mas a história está legal.
Fique com Deus, galera.
Um abraço.
18 de junho de 2009 às 17:35
Maravilhosoooooooooo!
Vou esperar ansiosissima pela continuação!
E.Suruba, meus parabéns, vc é uma bela escritora =D